De longe, repleto de paixão te contemplo,
Imponentemente sentada num trono de marfim,
Rodeada de escravos e servos no teu templo,
Homens fracos que por um sorriso, aceitam o seu fim,
Óh sublime deusa do submundo,
cuja beleza subjuga a de Afrodíte,
aos teus pés, quantos homens já deixaste moribundo,
apenas para saciares o teu voraz apetite,
Por ti, quantos varões declararam guerra,
para conquistar o mais belo tesouro que Deus deitou à Terra!
E tu deliciando-te por todo o sangue derramado,
por ti, ser cruel e desalmado,
Óh vil deusa cuja o nome rima com amor,
mas o qual não ouso pronunciar,
anseio por ti mas tenho temor,
de ser mais uma vítima do teu olhar glaciar!
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